Ruínas de Sade (Independente)
Independente - 8.5
8.5
Som pesado, sombrio e com características de doom/stoner. Florianópolis se firmando no cenário nacional.
Ruínas de Sade estreia com álbum homônimo e surpreende com a qualidade de quem sabe exatamente a que veio. No EP de 30 minutos,com três faixas, o grupo demonstra seu estilo com autenticidade e personalidade. Um stoner/doom metal de responsa para prestar atenção em cada detalhe.
Já com a primeira faixa, “Funeral do Sol”, dá para entrar em outra esfera e mergulhar no mundo sombrio arquitetado pelo álbum. Com um som pesado, mas cadenciado, se percebe que a tônica é deixar aguitarra com mais destaque com seus riffs imponentes e a voz mais rasgada atrás. A banda tem som coeso, nada fica fora do lugar na música. Depois de um primeiro momento mais lento e desolado e comum solo de guitarra psicodélico, o ritmo aumenta e um riff forte bem marcado entra em cena. Termina com uma mensagem macabra que mantém a atenção sem piscar os olhos.
“Divindade Abissal” começa com um riff pesado, marcando presença. Aqui se percebe o bom uso de distorções para deixar o som bem sujo, tanto nos instrumentos quanto na voz que arremata apegada. Uma linha de baixo dá mais corpo pro arranjo bem produzido.Detalhe para o solo de guitarra que dá um toque a mais de desespero pra música.
Pra fechar o álbum, “Cadáver da Terra” combina um bom riff com uma linha de baixo envolvente. A música vem num “crescendo”, bem arranjada. Primeiro com um vocal recitado e depois bem rasgado e intenso.Aliás, intenso é uma boa palavra pra descrever o EP. Por mais sombrio, desesperado, sujo que seja, é intenso e envolvente.
Músicas longas, mas nem dá pra sentir o tamanho, pois mantém o interesse.Ponto para os arranjos cheios de nuances. Um detalhe a parte é a capado álbum, que resume numa imagem o próprio.