Que dureza destacar dez discos em cada categoria. Missão ingrata, principalmente entre os lançamentos nacionais, que uma lista de 20 talvez não desse conta, tamanha a quantidade de bons títulos que vimos/ouvimos serem desovados em 2018, virtual ou fisicamente. Destes, impossível ficar imune a “Vulcão”, no qual The Baggios abraço em definitivo suas raízes nordestinas; ou a “Libido”, o disco mais garageiro dos Autoramas; nem “12 Flores Amarelas”, a ópera-rock anti-violência dos Titãs. E o que dizer das entrâncias políticas dos novos trabalhos de Violins e Phillip Long?
No campo dos álbuns gringos, o amado Black Rebel Motorcycle Club voltou a seus melhores dias com “Wrong Creatures”, enquanto a lenda Roger Daltrey mostrou ser capaz de ainda fazer um disco lindão como “As Long as I Have You”. Porém, os dois títulos que mais mexeram com o meu sistema nervoso vieram da seara punk/alternativa: “Songs of Praise”, dos britânicos Shame, e “All at Once”, da Screaming Females.
Nacional
The Baggios – Vulcão (Toca Discos)
Titãs – Doze Flores Amarelas (Universal Music)
Autoramas – Libido (HBB Records)
Phillip Long – Fake News (Independente)
Violins – A Era do Vacilo (Monstro Discos)
Malabaristas de Semáforo – Lado B (Caravela)
Pública – Despedida (Loop Discos)
Erasmo Carlos – Amor é isso (Som Livre)
Riviera Gaz – Connection (HBB Records)
Somaa – O Mundo quer te enganar (Monstro Discos)
Internacional
Black Rebel Motorcycle Club – Wrong Creatures (Abstract Dragon)
Roger Daltrey – As Long As I Have You (Universal Music)
Screaming Females – All at Once (Don Giovanni Records)
Shame – Songs of Praise (Dead Oceans)
Death Valley Girls – Darkness Rains (Suicide Squeeze Records)
Half Man Half Biscuit – No One Cares About Your Creative Hub so Get Your Fuckin’ Hedge Cut (Probe Plus)
The Space Merchants – Kiss the Dirt (Aqualamb Records)
The Decemberists – I’ll Be Your Girl (Capitol Records)
Superchunk – What a Time to Be Alive (Merge Records)
Johnny Marr – Call the Comet (New Voodoo)