A Gibson, lendária fabricante de guitarras americana, entrou com um pedido de recuperação judicial, conhecido popularmente nos Estados Unidos como Chapter 11, em referência à seção da lei de falências americana referente à concordatas. A revista americana USA Today e diversos outros noticiosos reportaram hoje o pedido oficial da empresa ao governo americano. As dificuldade financeiras da Gibson têm sido noticiadas há tempos e recentemente a empresa decidiu não participar da NAMM, a maior feira de instrumentos musicais do mundo.
De acordo com o pedido, enquanto estiver saldado a sua dívida, a Gibson planeja continuar fabricando guitarras, tanto pela sua marca principal quanto por suas subsidiárias, como a Epiphone e a Dobro, porém irá fechar seu departamento de inovações, que fabrica eletrônicos, como fones de ouvido pela marca Philips. O pedido de concordata da Gibson ainda precisa de aprovado pelo judiciário americano e pode sofrer o veto de parte de seus credores.
Henry Juszkiewicz, CEO da empresa, disse que foram feitos “avanços substanciais” nos últimos doze meses visando “reestruturação operacional”. “Vendemos marcas secundárias, aumentamos a receita e reduzimos as demandas de capital. [Com a] decisão de voltar o foco ao centro do negócio, instrumentos musicais, combinado com o apoio de nossos credores, cremos que garantiremos a estabilidade e saúde financeira da empresa à longo prazo”.
A Gibson foi fundada em 1984 e conta com diversos modelos de guitarras extremamente conhecidos e populares, como a Les Paul e a SG. Muitos guitarristas, como B.B. King, Jimmy Page, Chuck Berry, Tony Iommi e Thom Yorke são conhecidos usuários de seus instrumentos.